Biodestoca

Nos últimos anos, a silvicultura tem se expandido significativamente no Brasil, com destaque para as monoculturas de Eucalipto voltadas à produção de celulose. A rotação dessas plantações é relativamente curta, durando, em média, até 7 anos. Após dois ou mais ciclos consecutivos de cultivo, torna-se necessária a realização da destoca procedimento que visa remover tocos e raízes remanescentes, os quais dificultam o preparo do solo e o replantio. Atualmente, o método mais comum de destoca é o mecânico (Figura 1). No entanto, essa abordagem apresenta elevado custo e está associada a diversos impactos ambientais, como compactação do solo, redução da biodiversidade edáfica e desgaste prematuro de equipamentos.

Na busca de alternativas que visam contornar esses problemas, estudos vem sendo realizados para preencher essa lacuna no setor florestal, como o uso de microorganismos xilófagos para acelerar a biodegradação e facilitar ou mesmo substituir a destoca mecânica.

Objetivo: Encontrar fungos xilófagos com potencial enzimático para serem aplicados na biodegradação acelerada de tocos remanescentes em reflorestamentos comerciais.

Para isso, fungos foram coletados em reflorestamentos de Pinus e Eucalipto no Sul do Brasil (Figura 2), para que desses, fosse aferido o potencial enzimático na degradação da parede celular vegetal, para serem utilizados como agentes biotecnológicos na destoca biológica (carinhosamente chamada de “Biodestoca”).

Metologia:

Para isso, foram utilizados três substratos diferentes:

CS: Casca de soja

Ft: Farinha de trigo

SP: Serragem de Pinus

Para as seguintes enzimas:

  1. β-glicosidase;

  2. β-xilosidase;

  3. Endoglucanase;

  4. F-PAse;

  5. Lacase;

  6. Manganês-peroxidase;

  7. Xilanase.

Etapa 1: Indução dos substratos:

Etapa 2: Extração das enzimas:

Etapa 3: Para medir as enzimas utilizou-se o método colorimétrico de Miller.